A migração do plastificante ocorre quando os produtos químicos que tornam o plástico flexível começam a vazar do material. Você pode identificar esse problema por meio de sinais visíveis na superfície e mudanças físicas na textura e no comportamento do plástico.
Indicadores visuais de migração de plastificantes
Resíduo oleoso ou pegajoso da superfície
Uma película oleosa ou pegajosa na superfície do plástico é o sinal mais comum de que os plastificantes estão migrando. Esse resíduo tem um toque oleoso e frequentemente atrai poeira e sujeira.
Você normalmente notará isso em pisos vinílicos, painéis de carros ou produtos de PVC flexível. A superfície pode parecer molhada mesmo que você não tenha derramado nada nela.
Se você limpar a superfície e a película oleosa retornar em alguns dias ou semanas, isso é plastificante migração em ação.
Depósitos cristalinos ou pulverulentos (Bloom)
Depósitos brancos e pulverulentos, semelhantes a sal ou gelo, indicam a cristalização de plastificantes na superfície. Esse fenômeno, chamado de "bloom", ocorre quando certos tipos de plastificantes migram para fora e se solidificam.
Você pode encontrar isso em discos de vinil antigos, lacres de borracha ou brinquedos de plástico guardados há anos. Os depósitos geralmente podem ser removidos, mas voltarão.
Ao contrário de mofo ou depósitos minerais, esse pó não sai permanentemente com água. Na verdade, é o próprio plastificante que fica visível.
“Sudorese” ou “Sangramento”
Plásticos que parecem estar "transpirando" estão perdendo ativamente seus plastificantes por meio da migração. O material parece ter gotas de umidade ou óleo na superfície.
Isso é particularmente perceptível em condições quentes ou quando itens de plástico são empilhados. O "suor" pode se transferir para outros materiais, deixando marcas de óleo em papel, tecido ou outros plásticos.
Volantes de carros, cabos de ferramentas e bolsas de vinil geralmente apresentam esse tipo de migração.
Descoloração e manchas
Manchas amarelas ou marrons que aparecem em produtos plásticos ou ao redor deles indicam migração avançada de plastificantes. Essas manchas se formam quando os produtos químicos migrados reagem com o ar, a luz ou outros materiais.
É comum ver descoloração em locais onde o plástico entra em contato com outras superfícies por longos períodos. Imagine o amarelamento de prateleiras brancas sob itens de plástico ou manchas em documentos armazenados em pastas plásticas.
O próprio plástico também pode mudar de cor, geralmente ficando mais amarelado ou turvo do que quando era novo.
Mudanças físicas devido à perda de plastificante
Aumento da rigidez e dureza
Os plásticos tornam-se visivelmente mais rígidos quando perdem seus plastificantes. O que antes era flexível e flexível torna-se rígido e inflexível.
Você pode testar isso tentando dobrar ou flexionar o material. Se um produto de vinil antes macio agora parece plástico rígido, significa que ocorreu migração.
Mangueiras de jardim, fios elétricos e juntas de borracha geralmente apresentam essa alteração após anos de uso.
Fragilidade e rachaduras
Materiais que perderam uma quantidade significativa de plastificante tornam-se quebradiços e racham facilmente. Pequenas fissuras por estresse aparecem primeiro, geralmente em cantos ou áreas que flexionam regularmente.
O plástico pode estilhaçar ou quebrar ao tentar dobrá-lo, em vez de flexionar como antes. Isso é especialmente perigoso em equipamentos de segurança ou componentes estruturais.
Brinquedos velhos de plástico, discos de vinil e vedações frequentemente apresentam esse tipo de deterioração.
Encolhimento ou empenamento
A perda de plastificante faz com que os materiais encolham e mudem de forma. Os itens podem não se encaixar mais corretamente nos espaços pretendidos ou não se conectar corretamente com outras partes.
O piso vinílico pode se soltar das paredes, criando vãos. Juntas e vedações podem encolher e não criar mais conexões estanques.
A deformação geralmente é permanente e não pode ser revertida pelo aquecimento ou remodelação do material.
Perda de peso
Uma redução mensurável no peso confirma a migração do plastificante, embora você precise das especificações originais para perceber isso. Os produtos podem perder de 10 a 30% do seu peso com a liberação dos plastificantes.
Essa perda de peso ocorre gradualmente ao longo de meses ou anos. É mais perceptível em produtos onde a precisão do peso é importante, como dispositivos médicos ou equipamentos de laboratório.
Você pode monitorar isso pesando periodicamente itens de plástico e registrando as mudanças ao longo do tempo.
Perguntas Frequentes
O que faz com que os plastificantes migrem para fora do plástico?
Calor, luz UV e contato com certos produtos químicos aceleram a migração do plastificante. A idade também desempenha um papel, pois os plastificantes se movem naturalmente para a superfície com o tempo, mesmo em condições ideais de armazenamento.
Posso interromper a migração do plastificante depois que ela começar?
Não é possível reverter a migração, mas é possível retardá-la. Armazene os plásticos em locais frescos e escuros, longe de outros materiais, e evite expô-los a solventes ou óleos que aceleram o processo.
Os plastificantes migrantes são perigosos?
Alguns plastificantes, especialmente os ftalatos, podem ser prejudiciais se ingeridos ou absorvidos pela pele. É melhor evitar o contato prolongado com superfícies plásticas pegajosas ou oleosas e nunca usar plásticos degradáveis para armazenar alimentos.
Quanto tempo demora para a migração do plastificante se tornar visível?
A migração pode se tornar visível em poucos meses em condições precárias ou levar décadas em condições ideais de armazenamento. Altas temperaturas e luz solar direta podem causar sinais visíveis em apenas algumas semanas.
Quais plásticos são mais propensos à migração de plastificantes?
Produtos flexíveis de PVC (cloreto de polivinila) são os mais suscetíveis, pois contêm altos níveis de plastificantes. Vinil macio, borracha e alguns produtos de poliuretano também costumam apresentar migração.
Posso limpar plastificantes migrados?
Você pode limpar temporariamente os resíduos da superfície com álcool isopropílico ou detergente neutro, mas a migração continuará. A limpeza remove apenas o que já está na superfície, não o que ainda está saindo.